O dom da Paternidade é um dom de Deus
Desejar um filho é diferente de assumir o papel de pai. Viver a paternidade vai muito além, pois o desejo de um filho possuem expectativas, fantasias, preocupações que se materializam a partir do nascimento.
Ser pai é vocação, é dom! É um presente dado por Deus aos homens. Ser pai é uma missão árdua, cheia de preocupações, mas, acima de tudo, cheia de conquistas, alegrias, vivência, cuidado, amor e vida.
Amor é o nome do vínculo que muda a história de um homem ao assumir seu papel como pai. Em meio às incertezas, aos medos, às expectativas, e também às alegrias, à união familiar e aos relacionamentos positivos, os pais favorecerão, independente da condição da família, o melhor para seus filhos. No entanto, a força desse amor de doação permitirá que as alegrias possam ser muito mais valorizadas que as dificuldades.
A paternidade e a maternidade estão presentes em natureza humana, e toda pessoa recebe esta missão, ainda que de formas diferentes. Ninguém nasceu para a esterilidade, pois todos nascemos para gerar, e não poderia ser de outro modo, pois somos imagens e semelhança de Deus, que é Pai e Mãe, ao mesmo tempo.
Deus nos pede respeitosamente nossas entranhas paternas e maternas, como pediu à Virgem Maria, para continuar a gerar a vida. E é necessário que os homens assumam de forma madura sua forma de amar, para ser pais.
No entanto, ultimamente, a paternidade está em crise, o que leva à crise de lideranças maduras e corajosas no mundo. E quando faltam pais, idolatra-se a imagem de uma eterna juventude. Não basta ao homem gerar filhos, sem ser realmente pai.
A ausência dos pais se expressa na ausência física, na ausência afetiva, com medo de expressar carinho e afeto e na ausência normativa, já que os pais devem claros em seus critérios sem receio de estabelecer limites.
Sejam homens capazes de amar com vigor e ternura, para que se estabeleça o adequado equilíbrio de relações entre as pessoas, a partir da magnífica polaridade entre homem e mulher, criada pelo próprio Deus. É necessário assumir a paternidade vinda de Deus.
Todos são chamados a amar. E este amor começa em Deus, que é sua fonte, sem o qual todo amor humano desfalece. Todos os homens são convidados a acolherem com coração aberto o fato de serem amados por Deus e por Ele chamados a amar.
Amar é dar a vida pelos outros, com clareza e firmeza. Não há maior manifestação de amor, do que a graça que os homens têm de gerar, participando da obra criadora de Deus. Sua missão é feita de um olhar acolhedor para a paternidade do próprio Deus, e lhes cabe enfrentar as múltiplas dificuldades da vida com ousadia e firmeza, vivendo com vigor toda a paternidade embutida no ser masculino.
O amor há de ser vivido na família, e nos voltamos hoje de modo especial para os homens que receberam a vocação da paternidade. Cabe-lhes, por fidelidade à vocação recebida, a iniciativa do amor. Dar o primeiro passo para edificar a família e buscar o trabalho que lhes possibilite prover às necessidades do lar. Para tanto, devem descobrir cada dia mais o sentido da gratuidade. Está na natureza humana a superação das relações de troca com preço. É magnífico saber que pais de verdade não cobram pagamento dos que lhes são confiados. Isso faz com que, por mais simples que sejam suas vidas, sejam pessoas totalmente entregues à missão recebida.
Acompanhar é permanecer no amor, prolongar no tempo e no espaço a acolhida e a animação. É a atitude de quem assume a posição de pai, com atenção e serviço a favor de sua paternidade.
A você homem, valorize a paternidade que Deus colocou em seu coração e seja um pai, segundo o coração de Deus que é Pai das misericórdias e Deus de toda consolação.
Feliz Dia dos Pais!