Virtude da Justiça

A virtude da justiça faz parte de quem deseja fazer o bem e viver o amor.

Platão afirmava que a justiça é a virtude daquele que estabeleceu o equilíbrio entre o espírito (mous), honra pessoal (thymos) e desejo (epithynia) que imprime assim uma característica da alma. O Catecismo da Igreja Católica define a justiça como a virtude que consiste na vontade constante e firme de dar a Deus e ao próximo o que Lhe é devido. São duas referências: ser justo para com Deus e para com o próximo. Uma não pode ser menos que a outra, pois as duas andam juntas. A virtude está na pessoa, seja com Deus ou com o próximo a atitude é a mesma. Uma pessoa justa é aquela que faz jus ao seu próprio ser.

A justiça regula nossa convivência, possibilita o bem comum, defende a dignidade humana e respeita os direitos humanos. É da justiça que brota a paz. Sem a justiça nem o amor é possível. É a virtude da vida comunitária e social que se rege pelo respeito à igualdade da dignidade das pessoas.

Da justiça vem a gratidão, a religião, a veracidade. Não se pode construir o castelo da caridade sobre as ruínas da justiça. Pelo contrário, o primeiro passo do amor é a justiça, porque amar é querer o bem do outro. A justiça é imortal (Sab 1,15). Esta virtude trata de nossos direitos e nossos deveres e diz respeito ao outro, à comunidade e à sociedade.

A justiça para com Deus chama-se “virtude de religião”. Para com os homens, ela nos dispõe a respeitar os direitos de cada um e a estabelecer nas relações humanas a harmonia que promove a equidade em prol das pessoas e do bem comum.

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