De ator à personalização da verdade, de leigo órfão a pastor universal da Igreja. São João Paulo II continua a atrair a atenção de multidões
Eu era bem pequena quando ouvi uma senhora dizer: “João Paulo II é um santo vivo!”. A frase me chamou tanto a atenção que nunca mais me esqueci dela. Então fui crescendo e acompanhando passo a passo sua trajetória, seu amor pela humanidade, sua voz forte, que depois se tornou trêmula e embargada, mas que nunca se calou.
Foto ilustrativa: Tapeçaria com retrato de João Paulo II na basílica de São Pedro (REUTERS/Stefano Rellandini/)
Depois de percorrer o mundo como “Mensageiro da paz”, “João de Deus” e o “Papa dos jovens”, chegou a hora de parar, de voltar para o Pai. Sua imagem, no entanto, jamais se apagou da lembrança de quem o viu de perto ou de longe. Minha vida traz as marcas de sua fé, do seu ministério e principalmente do seu testemunho. Agora o mundo todo já sabe que ele era mesmo “um santo vivo”! Era “um homem de Deus”, como também ouvimos tantos dizerem. E o mais bonito é que ele sabia transmitir esse Deus a quem amava e O servia concretamente.
Quem não se lembra do perdão concedido a Ali Ağca, homem que disparou um tiro contra ele na Praça São Pedro, em 13 de maio de 1981? Uma nuvem de testemunhos vem à nossa lembrança quando pensamos em Karol Wojtyla, um homem que passou da formação clandestina à Cátedra de São Pedro. De ator à personalização da verdade. De leigo órfão a pastor universal da Igreja.
Entre suas características, recordo-me de João Paulo II como um homem orante e acredito que este era seu segredo. Só uma profunda vida de oração gera santidade! Que seu testemunho nos contagie fazendo com que sejamos também “Santos vivos”, pois esta certamente é a mais nobre vocação humana.
São joão Paulo II, rogai por nós!
*Dijanira Silva _ CN
Veja a primeira reportagem especial sobre São João Paulo II no Brasil
Reportagem de Filipy Barcelos e Ersomar Ribeiro