A benção da masculinidade

A benção da masculinidade: O Projeto Original de Deus

O primeiro capítulo da Bíblia é um belo poema que narra o projeto original de Deus para a criação. Cada estrofe dessa canção é intercalada por um refrão, que é repetido de modo insistente: “E Deus viu que tudo era bom”. Dia após dia, o Criador diz palavras de vida que se tornam realidade. A luz, as terras, as águas, florestas, estrelas, pássaros e peixes, animais de todo tipo são criados. Após tudo criar, Deus abençoa a criação dizendo: “Sede fecundos, encham as águas dos mares e que o pássaro prolifere sobre a terra” (Gn 1,22).

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A primeira bênção da Bíblia é a bênção da fecundidade. Por meio dela, a obra criada continuará seu curso. A força de vida que Deus depositou em sua obra, agora, tem vida própria. Cada ser vivo é chamado a colaborar com o Criador, continuando a obra da vida. “E Deus viu que tudo era bom”.

Mas, no sexto dia da criação, antes de descansar, Deus criou o ser humano. O versículo 27 [Gênesis] é bastante claro: “Deus criou o ser humano à Sua imagem, à imagem de Deus Ele o criou; criou-os macho e fêmea”. Essa é a identidade original do ser humano. Ele realiza a sua identidade mais profunda quando vive a bênção da masculinidade e da feminilidade. Deus não criou o ser humano como anjo. Criou seres sexuados. A sexualidade é uma força de vida que torna o ser humano capaz de colaborar com Deus ao continuar a obra da criação. O versículo 28 descreve a primeira bênção que a humanidade teria recebido: “Deus os abençoou e disse: ‘Sede fecundos, encham a terra’ (…)”.

A bênção da fecundidade

Após dar a bênção da masculinidade e da feminilidade, Ele dá a bênção da fecundidade. Deus concede essa graça à criação para que o ser humano a administre com responsabilidade. Fomos nomeados “jardineiros” da criação. E, neste momento, o refrão desse belo poema muda de modo surpreendente. Deus contempla tudo o que criou e vê que não é apenas “bom”, mas “Deus viu que era muito bom” (Gn 1, 31).

Tudo isso é muito sério, pois, hoje, vivemos um tempo de “antes da bênção”, de “antes da criação”. Vivemos no meio de uma geração malcriada. Nem vou gastar muito tempo em alertar para os riscos de uma “cultura gay” que já não se contenta em exigir “seus direitos”. Essa minoria autoritária não suporta ouvir críticas e cria mil maneiras de firmar-se como padrão de comportamento. A coisa é tão séria que muitos homens precisam simular uma certa homossexualidade para não parecer fora de moda. Precisamos defender o direito de ser do jeito que Deus nos criou. É preciso exaltar a família, a sexualidade vivida de maneira serena e sadia.

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É verdade que, algumas pessoas trazem o espinho da homossexualidade e sofrem por isso. Precisam da nossa compreensão e da nossa solidariedade. Mas isso não nos faz tímidos em anunciar que o projeto original de Deus inclui a bênção da fecundidade. É preciso louvar o Criador por isso.

Peço, neste dia, por tantos casais que têm dificuldades para terem filhos e que suplicam por essa bênção. Peço por tantos jovens que ensaiam para serem bons maridos. Quantas mulheres esperam encontrar pela “bênção de homem”. Uma delas me disse que isso anda meio difícil! Por que será?

Padre Joãozinho, SCJ

Padre da Congregação do Sagrado Coração de Jesus (Dehonianos), doutor em Teologia, diretor da Faculdade Dehoniana em Taubaté (SP), músíco e autor de vários livros. Autor de livros publicados pela Editora Canção Nova.

http://blog.cancaonova.com/padrejoaozinho/

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