São José

São José, homem justo

São José: modelo de homem justo

Lucas Vieira*

Histórias de conversão, de entrega da vida ao Senhor e até mesmo de martírio: são diversos os testemunhos e ensinamentos dos santos, que embelezam a Igreja e direcionam os devotos rumo ao Céu. Eles também são intercessores; apresentam a Deus as necessidades do povo que clama pela intervenção divina.

Foto ilustrativa: pt.aleteia.org

Dentre esses homens e mulheres reconhecidos nos altares, um se destaca: São José, do qual recordamos em 19 de março. Ele, humilde carpinteiro, é tido como o padroeiro dos trabalhadores, das famílias, dos lares e da boa morte; desta última porque acredita-se que ele partiu desta vida estando ao lado de Jesus e Maria.
A Sagrada Escritura e a tradição da Igreja destacam a justiça como sua principal virtude; ela fez com que Deus o incluísse em Seu plano de salvação. “Sendo ele [José] um homem justo, vós o destes por esposo à Virgem Maria, mãe de Deus, e o fizestes chefe de vossa família”, recorda seu prefácio.
O texto ainda apresenta José como “servo fiel e prudente”. Por mais receoso que pudesse estar antes de deparar-se em sonho com o anjo do Senhor, a ponto de pensar em apartar-se secretamente de Maria, ele foi dócil e obediente ao tomar para si a missão de guardar, como pai, Jesus Cristo, concebido do Espírito Santo, e, como esposo, num matrimônio casto, àquela que já lhe era prometida, mas que fora escolhida para gerar a Salvação. Essa proteção se evidencia quando, sob o risco da ira de Herodes, José foi alertado em sonho pelo anjo, tomou sua família e seguiu rumo ao Egito (cf. Mt 1,18-2,23).
Outra característica de José nos chama a atenção: o silêncio. Apesar de tanto ter feito, não há registro de sequer uma palavra sua nos Evangelhos. O teólogo Enzo Lodi escreve em “Os Santos do Calendário Romano” (Paulus, 2001) que “seu silêncio adorante é mais eloquente do que muitas palavras. Podemos justamente considerá-lo, depois de Maria, como o modelo e o patrono da vida interior”.
Que possamos — especialmente nós, homens — aprender com José a viver a justiça, a “sonhar os sonhos de Deus” e, no silêncio, contemplar Seu amor para conosco. Que o pai adotivo de Jesus interceda por nós, e que, a exemplo dele, protejamos a instituição familiar e valorizemos o trabalho do qual provém o sustento para os nossos. Glorioso São José, esposo da Virgem Maria, rogai por nós.

 

* Lucas Vieira é jornalista e apresenta de segunda a sexta-feira, das 18 às 19h, o programa “Fim de Tarde”, na Rádio América Canção Nova – AM 780, em São Paulo-SP.

Aprenda a rezar o terço de São José

Nas contas grandes:

Meu glorioso São José, nas vossas maiores aflições e tribulações, não vos valeu o anjo do Senhor? Valei-me, São José!

Nas contas pequenas:

Valei-me, São José.

No fim, reze este oferecimento:

“A vós, glorioso São José, ofereço este terço em louvor e glória de Jesus e Maria, para que seja minha luz e guia, minha proteção e defesa, minha fortaleza e alegria em todos os meus trabalhos e tribulações, principalmente na hora da agonia.

Pelo nome de Jesus, pela glória de Maria, imploro o vosso poderoso patrocínio, para que me alcanceis a graça que tanto desejo. Falai em meu favor, advogai a minha causa no céu e na terra, alegrai a minha alma para honra de Jesus, de Maria e vossa. Amém.”

 

 

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