PROPOSTA NOVA

Final do ano, proposta boa!

 

Entrar o ano com uma boa proposta

Está chegando final do ano, 2019 está batendo em nossa porta. Um tempo propício para rever nossa vida e fazer bons propósitos. Monsenhor Jonas Abib traz para nós uma proposta, o Retiro da Boa Morte:

“E, entretanto, não sabeis o que acontecerá amanhã! Pois que é a vossa vida? Sois um vapor que aparece por um instante e depois se desvanece” (Tg 4, 14). Desde menininho, fui formado na pedagogia própria de Dom Bosco. No colégio, todos os meses, havia um dia penitencial que se chamava “Retiro da Boa Morte”. Era impressionante! Nós éramos ainda meninos, e esta era a proposta que nos era feita: “Vamos nos preparar, como se fôssemos morrer!” Mas como é que você se prepara para morrer?

Nós sabíamos que poderíamos morrer a qualquer hora, por isso nos preparávamos, a cada mês, para que, se morrêssemos, estivéssemos prontos. Todos os meses, na noite anterior ao dia do “Retiro da Boa Morte”, começavam as confissões, que iam até as 14 horas. Havia uma grande faxina, quando cada um arrumava o seu lugar: a carteira de estudo, o seu lugar no dormitório, o seu armário.

Nós pensávamos da seguinte maneira: “Se eu morresse, como eu gostaria que as pessoas encontrassem o meu armário, a minha carteira, as minhas coisas?” Com certeza, nenhum de nós gostaria que as pessoas se surpreendessem: “Mas ele tinha isso? Esse vídeo? E esses comprimidos? Essa revista?”. Podemos achar estranho, mas isso é um segredo de santidade! Nossa vida precisa ser austera, sóbria e humilde. O segredo está aí: em qualquer coisa, é necessário aceitar e assumir nossa pequenez e pobreza. Precisamos viver com o necessário e nada mais.

Confira também a experiência do Adailton Batista que fez o Retiro da Boa Morte:

Na prática espiritual, o retiro é um preparar-se para a confissão, fazendo o exame de consciência, e receber do sacerdote o sacramento da confissão. Já na parte prática – exterior –, você é convidado a olhar suas gavetas, armários, caixas, guarda-roupas e jogar fora aquilo que não tem mais utilidade. As coisas que são úteis, mas você não usa mais, podem ser doadas. Por exemplo: peças de roupas para uma instituição de caridade.

Sem dúvida, o retiro não se trata apenas de jogar fora objetos e materiais que não usamos, mas sim fazer uma verdadeira “limpeza” na alma. Nesse tempo, pude experimentar, muitas vezes, o amor de Deus por mim, pois, a partir dessa experiência, o Senhor veio em meu auxílio com Sua providência material e espiritual. Pude arrepender-me, procurar o Sacramento da Penitência e fazer uma faxina exterior nas minhas gavetas e armários. Já indiquei essa prática do retiro para vários amigos. Confesso que nem sempre fui fiel à prática do Retiro da Boa Morte, mas é um treinamento. Como diz monsenhor, “aprendemos a nadar, nadando. Aprendemos a tocar, tocando”. Assim também é com o retiro.

Com esse ensinamento herdado de Dom Bosco e incentivado por monsenhor Jonas, não apenas vivo a experiência de fazer uma faxina interior e exterior, mas tenho também uma grande oportunidade de colocar em prática a virtude da caridade. Se tenho algo que não uso mais, mas ainda está em boas condições de uso, sem dúvida há alguém necessitado daquele objeto. Entretanto, precisamos ter o cuidado de discernir que aquilo que não serve para mim como cristão, também não deve ser passado para frente, para outros.

“Deus ama quem dá com alegria” (2Cor 9,7). Precisamos aprender, cada vez mais, a ter um coração despojado, pois assim, em cada mês, em cada retiro, vamos nos configurando a Cristo – o que é sempre bom –, para que a morte, quando bater à nossa porta, não nos pegue de surpresa, mas com o coração limpo e purificado, para nos encontrarmos com o Senhor.

[SAIBA MAIS] Livro “Retiro da Boa Morte” do Monsenhor Jonas Abib.

 

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