O que determina o voto do eleitor?

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) anunciou que haverá segundo turno das eleições municipais em 29 cidades do País, sendo 11 capitais. Dos 77 municípios com mais de 200 mil habitantes, 48 elegeram seus prefeitos em primeiro turno.

Parabenizamos as cidades que participaram das eleições com empenho e dedicação pelo interesse público, e elegeram seus prefeitos e vereadores levando ao sucesso este importante momento de expressão da democracia no Brasil.

Parabenizamos também a Justiça Eleitoral brasileira, que realizou uma excelente campanha de conscientização com a mensagem: “Ou escolhemos bem os nossos candidatos, ou teremos que nos acostumar com os problemas que a nossa má escolha causou”, veiculada na televisão. A campanha chamou a atenção do eleitorado para a importância de um voto consciente e responsável.

Mas as eleições não terminam com o voto. O período que começa agora é propício para uma aproximação com os eleitos, bem intencionados ou não. A idéia é ajudá-los – ou cobrá-los, se necessário – para que atuem pelo bem comum de toda a cidade.

O cientista político Humberto Dantas entrevistou no programa “Despertar da Cidadania” o mestre e doutorando em ciências políticas pela Universidade de São Paulo (USP), Jairo Pimentel Junior, que fala sobre as convicções e as razões que levaram os eleitores brasileiros às urnas no dia 5 de outubro, para votar em seus candidatos. Jairo Pimentel fala sobre a cultura política no Brasil, a influência da propaganda e do marketing político e os fatores até mesmo emocionais que determinam a escolha de prefeitos e vereadores de nossas cidades.

Entrevista com o cientista político Jairo Pimentel Junior

Humberto Dantas: Sabemos que são vários fatores que determinam o voto do eleitor, e que a partir do referencial teórico e científico, é complexo chegar a uma explicação sobre o que, de fato, influencia o voto. Porém, na sua opinião, quais são estes principais fatores?

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Humberto Dantas: Na imensa maioria dos municípios, a eleição ocorre entre dois grupos. Um sempre fica na situação de oposição, geralmente envolvendo famílias, que acabam se tronando rivais. Diante deste contexto de disputas familiares, como fica a capacidade do eleitor de levar em consideração o passado político dos candidatos, tendo em conta a sua atuação em governos passados?

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Humberto Dantas: A imagem do indivíduo também é capaz de lhe render efeitos positivos na eleição. O marketing tem forte influência sobre o eleitor?

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Humberto Dantas: Seria possível separar estas informações armazenadas pelo marketing político de uma análise racional do perfil histórico do candidato? O eleitor seria capaz de basear a sua opção pelo candidato a partir de temas e propostas que ele desenvolve, repercussões ao longo de sua carreira política, questões éticas, ou a questão emocional é muitas vezes construída a favor do candidato no imaginário do eleitor?

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Humberto Dantas: Dentro das formas de se promover o marketing político, a propaganda eleitoral tem peso na decisão do eleitor?

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Humberto Dantas: Considerando o candidato no mundo da propaganda como “produto” a ser oferecido aos seus eleitores, caso ele não corresponda ao esperado (a partir das promessas e propostas de campanha), existe algum tipo de “código de defesa do consumidor” para o eleitor?

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Humberto Dantas: O eleitor também pode reivindicar mudanças e o cumprimento das promessas de campanha, mas como é, na sua opinião, a atuação do eleitor no contexto político brasileiro?

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O programa Despertar da Cidadania vai ao ar pelas ondas da América aos sábados, das 06:30h às 07:00h.

Tome Nota!

Escreva para o Despertar da Cidadania: despertardacidadania@cancaonova.com

A Rádio América fará cobertura do 2º turno das eleições municipais em todo o Brasil, dia 26 de outubro, a partir das 08:00h.

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